07/07/2008

Comemorações dos 60 anos do Centro Paroquial da Benedita. Recordar é viver.

Quando eu era pequenina, apenas com 7 anos de idade, chegou um grupo de senhoras à nossa terra, a quem chamavam “Irmãs”.

Foi uma verdadeira festa, o dia em que chegaram, pois estava muita gente, cheia de curiosidade, para verem quem eram essas senhoras.

Houve foguetes no ar, vivas e palmas. Entre estas senhoras destacou-se uma, que vive hoje entre nós, com uma bonita idade, de 90 anos, que nos lembra tantos feitos desse tempo e que se chama, Irmã Celeste.

A Irmã Celeste foi para mim uma grande amiga, no tempo que passei no Centro. Eu fui uma das primeiras alunas, logo desde o primeiro dia em que abriu. Vinha para a escola a pé de longe e ia almoçar ao Centro, ficando lá o tempo que sobrava, esperando pelos irmãos mais velhos, que saíssem da escola, para com eles voltar para casa.

Mais tarde, quando adolescente, voltei ao centro, para aprender corte e costura. Tinha a minha cadeirinha, com uma gaveta, para arrumar as minhas coisas, que guardei religiosamente, como recordação durante muitos anos. Aprendi não só costura, mas também as regras de bom viver…

Recordo com muito carinho, todas as Irmãs, que por lá passaram e também muito especialmente a cozinheira, que fazia uma sopa especial, ainda hoje lembro aquele sabor tão gostoso.

Esta sopa era distribuída pelos pobres, matando-lhes a fome..Não foi o meu caso, porque Graças a Deus eu tinha fartura de comida e um bom ambiente familiar, embora fossemos 11 irmãos, sendo a mais velha das irmãs.

Mais tarde, depois de casada, vieram os meus filhos, que também frequentaram o Centro dos 2 aos 6 anos. Sempre adoraram ir ao Centro, criaram bons amigos, que ainda hoje com 30, 33 e 36 anos continuam a encontrar-se, sempre que há festa com algum deles.

Hoje é a minha netinha, que frequenta o centro. Ela também adora lá estar, já fez muitos amiguinhos, até diz que tem lá um namorado…

Eu também recordo, os bons velhos tempos, sempre que vou ao Centro buscar a minha netinha, que vem comigo muito feliz.

Maria Trindade Sardinha

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